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A CURA DA ANSIEDADE - parte 1

  • Foto do escritor: Luiz Fernando Arêas
    Luiz Fernando Arêas
  • 4 de jan.
  • 4 min de leitura

Bom dia.



Esse é o início de uma série de reflexões sobre Mateus 6.19-34, cujo tema é a ANSIEDADE.


Quem já não a experimentou? Interessante a definição do Aurélio de ansiedade: “Sensação de receio e de apreensão, sem causa evidente, e a que se agregam fenômenos somáticos como taquicardia, sudorese etc.".

Do dicionário Houaiss: "Grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia; desejo veemente e impaciente; falta de tranquilidade; receio; estado afetivo penoso, caracterizado pela expectativa de algum perigo que se revela indeterminado e impreciso, e diante do qual o indivíduo se julga indefeso."


Que coisa horrível!


Quando recém-casado, perdi o emprego. Foi um tempo difícil, de sacrifícios. Senti o peso esmagador da ansiedade sobre mim. Tinha uma esposa para sustentar. Eu não a havia tirado da casa de seus pais para que ela passasse privações. Queria dar-lhe o melhor.


Então, a indesejável companheira se aproximou e, lamentavelmente, a acolhi. Ao acordar, a ansiedade já estava lá, na minha mente. Sem cerimônia, ela me acompanhava o dia todo, ao me sentar para um café, pendurada ao meu lado no ônibus, na hora de dormir. A sensação era de uma mão levemente postada em volta do meu pescoço, deixando-me alerta o tempo todo, com medo de que essa mão me apertasse.


"Ansiedade é como uma cadeira de balanço, mantém você ocupado, mas não o leva a lugar nenhum."

Na ocasião, eu começava a servir numa igreja local e o pastor me pediu para ajudá-lo na escola dominical. O tema do estudo era o Sermão do Monte, os capítulos 5, 6 e 7 de Mateus. Você consegue adivinhar qual parte desse texto coube a mim ensinar? Justamente a parte que Jesus fala sobre a ansiedade...


"Sério, Senhor?", pensei com meus botões num clamor interno a Deus: "Seria uma ironia divina? Milhares de textos na Bíblia para ensinar, e justamente esse, nessa ocasião específica da minha vida? Senhor, não quero ser um hipócrita, ensinando aos outros algo que não experimento ou não acredito, porque a ansiedade que sinto é real. Suplico que a tires de mim. Suplico que me faças entender esse texto e viver as verdades que teu Filho ensina por meio dele".


Estudei o assunto e montei uma apostila, usando como base dois excelentes livros, que enriquecerão nossa jornada: "A mensagem do Sermão do Monte", de John Stott e, outro, dado pelo pastor que me convidou a dar as aulas, "Kingdom Life in a Fallen World: Living Out the Sermon on the Mount" (A vida do Reino em um mundo caído: vivendo o Sermão do Monte), de Sinclair Ferguson.


Aos poucos, e com muito amor e cuidado, a graça de Deus foi trabalhando em mim, até que "a ficha caiu". Entendi o que me deixava ansioso e como poderia ficar livre disso. Veremos isso nos próximos oito posts.


O apóstolo Paulo também abordou a questão da ansiedade quando escreveu aos filipenses. Esse é um dos meus textos prediletos da Bíblia. Decorá-lo fará um bem enorme à sua alma:


Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.

(Filipenses 4.6,7)


Esse texto de ouro começa com a ansiedade e termina com a promessa da paz de Deus, que não pode ser comprada, forjada ou fingida. No meio do caminho, há um coração sincero e quebrantado, derramado na presença de Deus, com oração, súplicas e gratidão.


É bom deixar claro que não estou imune à ansiedade. Mas, pela graça de Deus, tento trazer à memória esses textos e praticá-los quando essa indesejável companheira se insinua.


Que essa série seja instrumento transformador nas mãos do carinhoso Pai para abençoar sua vida, fortalecer sua espiritualidade e afastar a ansiedade de você.


"Se eu pudesse ouvir Cristo intercedendo por mim no quarto ao lado, não temeria um milhão de inimigos. No entanto, a distância não faz diferença: ele está intercedendo por mim."

Robert Murray M'Cheyne, 1813-1843



A cada seis meses, calibro minha espiritualidade com essa série sobre a Cura da Ansiedade.


Por que experimentarei a paz de Deus?


- Porque Ele prometeu em Sua Palavra.

- Porque Ele é a minha paz.

- Porque decidi confiar nEle.

- Porque Ele é meu Deus e meu Pai.

- Porque Ele me ama e sabe o que é melhor para mim.

- Porque esse é um abençoado ciclo de dependência:

- Digo não à ansiedade.

- Oro a Deus.

- Peço a Ele tudo o que eu preciso.

- Agradeço a Ele por tudo que Ele já fez.

- Ao invés de ansiedade, tenho a paz de Deus.

- Meu coração e a minha mente serão guardados por essa paz maravilhosa.


Isso não significa que Ele vai me dar tudo o que eu peço. Significa que entreguei minha causa a Ele. Ele me ama, sabe o que estou passando e sabe o que é melhor para mim.


Por que tenho tanta dificuldade em entender isso?

Por que tenho tanta dificuldade em me apropriar disso?


Vamos trilhar essa jornada juntos?





 
 
 

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